Saturday, November 11, 2006

Vela no Golfo... finalmente o mistério da água castanha é desvendado

Hoje tive a minha primeira aula de vela no Golfo! Basicamente, o que se passa é o seguinte... Provavelmente conseguiria que me dessem equivalência da minha carta de Patrão Local. No entanto, quando fui ver o preço dos cursos da American Sailing Association, descobri que custavam cerca de $200, ou seja, 1/4 do que a minha carta custou! Portanto, que se lixe a equivalência! Vou fazer tudo de novo e, como o curso é maioritariamente prático (ao contrário do Português), ainda consigo andar no Golfo a curtir! O que também ajuda, porque convém sair as primeiras vezes com alguém que conhece as águas.

Portanto, Sábado, 1 da tarde, dou comigo a sair para a água num barco de 32 pés (estou a subir na vida...Nuno, vai poupando para o Beneteau!), com roda do leme (viva o luxo), e com um grupo de malta porreira. Ah, esqueci-me de vos contar um pormenor... estão 18 nós de vento... e eu, até agora, só tinha saído com o máximo de 13... que se lixe! A ideia aqui (e é bem visto) é que se sai qualquer que seja a força do vento (excepto furacões... há muito tempo para isso depois...), tanto mais que a ideia do curso é habilitar os alunos a navegarem em quaisquer condições de vento e mar! Está tudo dito!

Durante a aula tive de habituar-me à roda do leme, aos ventos fortes, e às asneiras da malta que nunca tinha andado de barco (até foi divertido), mas aprendi muita coisa! Vou poupar-vos os pormenores que dizem respeito à vela propriamente dita, para vos contar umas trivialidades interessantes: 1) esta zona do Golfo tem água castanha (sim, até a uma distância do caraças da costa) porque o fundo do mar é lamacento e porque a água é relativamente pouco funda, o que também origina uma agitação marítima no mínimo... interessante, 2) as plataformas petrolíferas que se vêem da costa estão a produzir, 3) fazendo o curso naquela escola de vela, passamos a fazer parte do clube da escola e, por uma ninharia por mês, podemos sair com os barcos sempre que quisermos! Mais aventuras virão!

A caminho de casa, ainda passei por uma farmácia para comprar duas embalagens de repelente de mosquitos! Desde há alguns meses que desisti dos comprimidos para a malária, e apostei no repelente e ar condicionado... sempre fazem menos mal do que os comprimidos e, supostamente, oferecem maior protecção! Consegui descobrir dois repelentes que me interessavam devido ao grau de protecção que supostamente dão. Um deles tinha, curiosamente, um grau de DEET (componente químico principal dos repelentes) mais elevado do que o máximo recomendável... foi esse que comprei! Quando se vai para um país que tem mosquitos de malária à noite, e de dengue durante o dia, que se lixe um pouco de DEET a mais!

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