Thursday, August 28, 2008
O tempo em Houston, nos últimos dias, tem estado magnífico: o calor e a humidade de sempre, mas desta vez com sol!!! Aliás, hoje esteve sol de manhã, sol à tarde e prevê-se sol para o fim de semana, apesar da aproximação do Gustav à costa do golfo... e há 5 minutos atrás estava sol...
Entretanto, de um momento para o outro, ouvi um ruído estranho atrás de mim. Olhei janela fora... e o céu estava preto, chuvia torrencialmente, embora ao longe, da minha janela, visse o resto da cidade debaixo de um sol radioso! Numa questão de segundos, deixei de conseguir ver o resto da cidade (tal a intensidade da chuva), e apanhei um cagaço dos diabos com os relâmpagos e a trovoada intensa!
Não me parece que seja o aquecimento global... é sim a mãe natureza a relembrar-nos que Agosto ainda não terminou e... estamos em Houston! Bem vinda Sra. Chuva, bem vindos Srs. Trovões! Acabam de garantir que vou ficar mais algum tempo no escritório e que os meus planos de ir correr foram com os porcos! No entanto, não posso deixar de rir... esta cidade tem coisas do caraças... vá-se lá saber porque é que as pessoas gostam dela, mas que gostam... gostam... Há algo de especial nisto tudo... tão especial, que até se criou um movimento à volta da cidade: http://www.houstonitsworthit.com/
Ali em Sagres... o olhar é levado obrigatoriamente ao mar... o mar que nos cativou, o mar que nos levou, o mar que nos cativa, o mar que nos levará! Olhando o mar imaginamos o que fica além, as maravilhas que nos esperam, sem nunca esquecermos as que temos de deixar para trás para encontrar algo de novo. Tudo na vida é uma viagem... tudo é feito de largadas e atracagens. Largamos de um porto para chegar a outro. Temos de deixar o passado para trás para chegarmos ao futuro. O futuro está ao virar da esquina. Neste momento preparamos o navio para mais uma viagem. A única certeza: chegaremos a um novo porto! E lá... encontraremos algo de novo... por isso mesmo, ficaremos sempre a ganhar!
O mar ensina-nos a enfrentar a vida... aliás, existe um livro muito bom que faz esse paralelismo, e que recomendo a todos: "First you have to row a little boat" de Richard Bode. Entre outras coisas, o autor, a certa altura escreve uma frase que para mim diz tudo: "I can remain on shore, paralyzed with fear, or I can raise my sails and dip and soar in the breeze".
Neste momento de mudança e alguma incerteza, apetece-me dizer: "Encara a tempestade com o vento na cara, usa o vento para te levar onde queres ir, saboreia o sal que voa das ondas. Vive! VIVE! VIVE! Vive com o que o mundo te dá, encontra a beleza nas manifestações da natureza. Perante o que aparenta ser adversidade ou incerteza... sorri, leva com o vento, APRENDE! E sairás da tormenta mais sensato, com novas lições de vida, mais preparado para enfrentar a próxima tempestade. E devido à experiência adquirida, a próxima tempestade, afinal, parecer-nos-á apenas um pequeno chovisco. Se não enfrentares a tempestade, todos os choviscos parecerão um furacão... e falando em furacões... o Gustav vem a caminho... e eu vou sorrir...enquanto aprendo!
Wednesday, August 27, 2008
Mas nem tudo podia correr bem... à chegada a Paris nova aventura... sair do avião, correr para não perder a ligação... o dedo a doer que se farta! Felizmente cheguei à porta de embarque com tempo de sobra. Mas entretanto, chegou o momento de passar o controle de segurança.
Tira sapatos, tira computador, tira máquina fotográfica, tira relógio, tira telemóvel, tira cinto (mentira... já não viajo de cinto de propósito; é pena não poder viajar sem sapatos)... passa pelo raio do detector de metais: não havia razão para problemas... mesmas calças que tinha usado no voo Houston-Paris-Lisboa, e no voo Lisboa-Paris. Uma T-Shirt simples... nada para apitar... ERRO! Apita! E agora... “tens alguma coisa nos bolsos?”... “não”. Verdade seja dita que o raio das calças têm para aí uns 15 bolsos... cada qual com o seu fecho, botão, etc. de metal... mas nunca tinham apitado antes... passa o detector de mão: NÃO APITA... “desculpa lá... vou ter de te apalpar!” “Porra... outra vez não! Porque raio sempre em Paris... deve ser das calças...” Depois dei comigo a pensar “então... usei as calças quando viajei para Lisboa com a Tânia e a Carolina...não apitaram em Houston... não apitaram em Paris... não apitaram em Lisboa... usei as calças para ir a New York... não apitaram...”
Dava que pensar... fui apalpado em Paris quando viajava sozinho... não fui apalpado uma única vez quando viajava com a Tânia e a Carolina... voltei a ser apalpado quando voltei a viajar sozinho outra vez... eu sempre suspeitei dos franceses... só por causa dessa vou repensar com que calças é que viajo da próxima vez!