Sunday, December 31, 2006

Fim de (mais um) Ano!

Mais um ano que passa, mais um que fica para trás, menos um ano para a reforma! Ao menos um pensamento alegre!

Este fim de ano começou por ser uma festa grande, acabou por ser uma festa pequena (devido às desistências), mas foi uma grande festa! A Birra é, de facto, um cenário de eleição para passar o fim de ano, até tivemos direito a um espectáculo de fogo de artifício prolongado, já que todas as casas à volta estavam a lançar fogo de artifício e foguetes que nunca mais acabavam (deve ter durado, à vontade, uns 10 minutos).

Momentos altos da noite: o convívio com amigos e família, a Carolina a correr atrás da Topsy a tentar dar-lhe um beijinho no focinho enquanto a cadela fugia (!), o jogo de setas, eu a cantar Blink 182 (eu sou suspeito...), as pessoas a evacuarem as redondezas enquanto eu cantava, os jogos de Carcassone, o momento em que adormeci em pé (para gozo dos que ainda me acompanhavam àquela hora da madrugada), enfim... a idade não perdoa!





Saturday, December 30, 2006


“Operação peixe cru”

30 de Dezembro, dia de anos da minha pequenina maior! Este ano decidimos fazer algo diferente e verdadeiramente arrojado... Decidimos juntar à mesa de um restaurante 17 pessoas... o que pode parecer-vos algo perfeitamente normal para fazer num dia de anos... mas a coisa torna-se diferente e arrojada se acrescentarmos um ligeiro pormenor... a esmagadora maioria das 17 pessoas (exclusão feita a mim, à Tânia, e a duas ou três outras pessoas) nunca tinham provado sushi e, aproveito para dizê-lo, penso que até tinham alguns preconceitos em relação à ideia de comer peixe cru!

A verdade é que o almoço (pelo menos a nosso ver) foi um sucesso! As pessoas comeram, gostaram (pelo menos não houve rebelião), e o ambiente esteve magnífico durante todo o almoço. É verdade que o local (o Sushi Rio, ao lado da Portugália, na Rua da Cintura do Porto de Lisboa) ajudou muito. Desde já um grande obrigado ao Gonçalo (GSM), grande guru do sushi, por me ter indicado este cantinho tão agradável!

Pelo sim, pelo não, e antes que as pessoas mudassem de ideias e decidissem processar-me, decidi marcar a minha viagem de regresso a Houston para mais cedo do que o previsto... estou a gozar!

Parabéns a todos os que estiveram presentes: pela coragem em experimentar algo novo, pelo bom comportamento, pelo momento maravilhoso que proporcionaram à Tânia, pelo facto de não me terem espancado!

Tuesday, December 26, 2006

Dia da Cat Balou

[Só uma nota para esclarecer a escolha do género feminino em detrimento do masculino habitual na língua portuguesa: os anglo-saxónicos referem-se (e bem!) aos barcos como “she”, entendendo que se tratam de fêmeas. Eu, pessoalmente, não posso deixar de concordar! Os barcos despertam paixões, roubam tempo e dinheiro aos homens, conduzem as respectivas famílias ao desespero... portanto, são verdadeiras amantes, GAJAS! Por isso, aquele buraco no mar onde eu enterro o meu dinheiro será daqui em diante, oficialmente, uma gaja, a Cat Balou!]

Este Natal, decidi oferecer uma prenda à Cat Balou! Ela tem estado tão abandonada e só desde a minha ida para Houston, que até parecia mal não lhe fazer uma visita, levá-la a passear, e depois dar-lhe um bom banho! E foi assim que a tripulação habitual da Cat Balou (eu e o Nuno), nos encontrámos para ir dar um passeio no dia 26 de Dezembro, enquanto as respectivas (as “gajas” oficiais), foram ao cinema e às compras, provavelmente dizer mal dos respectivos gajos que tinham ido sair com a amante...

O dia estava magnífico, cheio de sol, vento de aproximadamente 10 nós, e mar completamente chão. Um belo dia para passear no Tejo, esse rio tão especial que me corta a respiração sempre que sobrevoo Lisboa. É curioso, mas sou incapaz de descrever as sensações que sinto a velejar no Tejo... Como por vezes dou por mim a dizer (para irritação de alguns), “há coisas que só quem anda no mar pode compreender!” Há sensações que não se descrevem, vivem-se! Se um barco é uma amante, o Tejo é uma sereia que chama os homens para a eterna perdição... quem me dera velejar, velejar para sempre, partir em direcção a Oeste, em direcção ao pôr do sol, deixando a Torre de Belém e a Ponte para trás... Este chamamento deve ser o mesmo que os grandes navegadores sentiam ao saírem para os Descobrimentos... ou se calhar é apenas a visão de um romântico, enquanto os navegadores diziam para as suas barbas “merda, lá está o Rei com as suas ideias parvas... espero regressar com vida desta vez!”

Desta vez eu e o Nuno conseguimos regressar a horas decentes (para os amantes de terra firme), e poupar as respectivas famílias a ataques de maior... Já que não consigo descrever a sensação de velejar no Tejo, deixo-vos duas músicas:

O Tejo
Madredeus

Madrugada,
Descobre-me o rio
que atravesso tanto
para nada,

E este encanto,
prende por um fio,
é a testemunha do que eu sei dizer.

E a cidade,
chamam-lhe Lisboa,
mas é só o rio
que é verdade,
só o rio,
é a casa de água,
casa da cidade em que vim nascer.

Tejo, meu doce Tejo, corres assim,
corres há milénios sem te arrepender,
és a casa da água onde há poucos anos eu escolhi nascer


Six Months in a Leaky Boat
Split Enz

When I was a young boy
I wanted to sail around the world
That's the life for me, living on the sea
Spirit of a sailor, circumnavigates the globe
The lust of a pioneer, will acknowledge
No frontier
I remember you by, thunderclap in the sky
Lightning flash, tempers flare,
'round the horn if you dare

I just spent six months in a leaky boat
Lucky just to keep afloat
Aotearoa, rugged individual
Glisten like a pearl
At the bottom of the world
The tyranny of distance
Didn't stop the cavalier
So why should it stop me
I'll conquer and stay free
Ah c'mon all you lads
Let's forget and forgive
There's a world to explore
Tales to tell back on shore

I just spent six months in a leaky boat
Six months in a leaky boat

Ship-wrecked love can be cruel
Don't be fooled by her kind
There's a wind in my sails
Will protect and prevail

I just spent six months in a leaky boat
Nothing to it leaky boat.

A Teresa Salgueiro é que tem razão: “A cidade, chamam-lhe Lisboa, mas é só o rio que é verdade...”


O Natal é das crianças

O Natal há muito que assumiu uma importância especial para mim, sendo uma das poucas oportunidades por ano de reunir a família toda no mesmo sítio e conversar, comer, rir, comer, abrir prendas, comer...

Este ano ainda teve uma importância acrescida, já que não só me permitiu matar saudades do pessoal todo, como também nos deu a oportunidade de ver a Carolina abrir prendas pela primeira vez. Quis o destino que a moça não aguentasse a noitada e adormecesse às 9:30 da noite, o que levou a que se regressasse à velhinha tradição de abrir as prendas na manhã do dia de natal (excepto para quem ficou acordado, já que os adultos são piores que as crianças).
Foi giro ver a reacção da pequenina, embora ainda não entenda muito bem o que se está a passar. Sobretudo, para ela, o Natal foi uma oportunidade para fazer amigos novos (o Pai Natal, a quem dá um beijinho sempre que o vê – quer seja num livro ou em boneco-, cá para mim é tentativa de suborno), brincar com as primas, ver árvores de natal, e receber muitas prendinhas!
















Sunday, December 17, 2006

A vingança da Tânia

Como as partidas nunca morrem no dia em que as fazemos, e a represália está sempre ao virar da esquina, a Tânia decidiu vingar-se do que eu lhe tinha feito quando fui a Lisboa de surpresa, para brindar-me com uma prenda de boas vindas. Mal cheguei a casa fui ordenado a fazer uma mala de viagem, pois iríamos para outro sítio...

Malas feitas, carro a andar, acabámos no Hotel do Mar em Sesimbra (um favorito). De facto a Tânia está de parabéns: é um dos meus sítios preferidos para retemperar forças e para a reflexão. A vista do mar é verdadeiramente deslumbrante como podem constatar pelas fotos. O artista é o do costume!



Chegada a Portugal

Como não podia deixar de ser, a minha chegada a Portugal teve o seu “quê” de delicioso, rocambolesco, e hilariante, o que vai ajudando este blog a ter interesse...

Quis o destino que a minha chegada ao magnífico aeroporto da Portela coincidisse com um período de caos absoluto em diversos aeroportos europeus, que levou a bagagens perdidas e todos os transtornos habituais. Quis também o destino que o voo que utilizou o tapete para o qual a minha bagagem iria antes do meu voo ter chegado tivesse aterrado na Portela sem bagagem! Estão a imaginar o caos??? Não, não estão! Eu próprio nunca sonhei que assistiria a uma cena daquelas.

Basicamente, um bom do emigrante Tuga (tipo bigode farfalhudo), em vez de se dirigir ao balcão das reclamações sozinho, e depois desamparar a loja (ou melhor dizendo, o tapete, o aeroporto, etc.), optou por uma solução bem mais inteligente: toca de levar a família toda e montar acampamento (tipo de cigano) junto ao tapete (não fossem as malas serem teletransportadas pelo Harry Potter) e à porta do balcão de reclamações. O resultado prático foi que, quando desci para a recolha de bagagem, deparei-me com centenas de pessoas de volta do “meu” tapete, aos berros, a cheirar mal, exaltadas, enfim, o Jardim Zoológico de Lisboa em pleno aeroporto. Ainda pensei em perguntar àquela malta porque carga de água não faziam o habitual (ir para casa e esperar que a companhia lhes ligasse a dizer que podiam ir levantar as malas), mas pensei que por razões de segurança pessoal não valia a pena pregar aos peixes...

Mas o melhor ainda estava para vir... Quando o tapete começou a rolar, trazendo as malas do voo da airfrance que havia transportado desde Paris, aquela colecção de seres irracionais começou a “atacar” as malas (não fosse o Harry Potter ter prestado um serviço à TAP) para ver se eram as deles... Melhor ainda, houve vários seres que, possuídos pelo demónio do viajante desesperado, dirigiram-se a desgraçados que tinham tirado as suas malas do tapete e tiraram-lhes as malas das mãos para certificarem-se que ninguém estava a levar a mala errada por engano! Verdadeiramente maravilhoso!

Mas o melhor momento estava para vir: o reencontro com as minhas duas macaquinhas! A Carolina teve uma reacção gira: depois de vir para o meu colo, olhou para mim fixamente durante um minuto (a Tânia diz, e provavelmente com razão, que ela estava a estranhar o facto do pai não lhe ter aparecido dentro de um ecrã de computador, como é hábito). Passado o momento de reflexão, fez questão de mostrar-me as decorações de natal do aeroporto, apontando e dizendo “ah!”.

Esta fotografia, embora tirada uns dias depois, demonstra bem a alegria de toda a família, finalmente reunida de novo.

Friday, December 15, 2006

Regresso a casa!!!

Hoje de manhã quando acordei parecia um puto em vésperas de natal... nervoso, a contar as horas, a olhar para o relógio de cinco em cinco minutos... o tempo nunca mais passa! Tick tack, tick tack... porra!

Nunca mais chegavam as 10 da noite, hora aproximada do meu voo de regresso a casa, para junto das minhas meninas. Diga-se de passagem que as 10 da noite eram só o começo da aventura... É que, se viajar da Europa para Houston tem a vantagem de se roubar 6 horas ao tempo, e aterrar mais cedo do que seria no ponto de partida, a viagem de Houston para a Europa é mais frustrante! Na prática, ia sair de Houston às 10 da noite e, devido ao avanço nos fusos horários, iria aterrar em Paris, não 10 horas depois, mas sim 16 horas... o que queria dizer que, na prática, só estaria em Portugal cerca de 18 horas depois de ter saído daqui! Na verdade não é assim (o tempo de viagem é o mesmo), mas o efeito psicológico é devastador, sobretudo quando se está a morrer de saudades da família!

Do dia em concreto, pouco me lembro. Sei que comi uma trampa qualquer à pressa para ver se não perdia tempo e conseguia despachar o trabalho todo antes de fugir, sei que recebi uma chamada idiotica do meu antecessor (que queria falar de Houston e saídas à noite... tipo Gato Fedorento – “sabes onde é que há gajas boas...”). Lembro-me de fugir do escritório a correr, de ir a casa tomar banho e mudar de roupa, de pegar nas malas, enfiá-las no carro, e fazer-me à auto-estrada a caminho do aeroporto. Lembro-me do desespero de ter apanhado o trânsito todo do pessoal a fugir para Norte ao fim de semana(trânsito a sério), lembro-me de ter recordado os Dire Straits (“six lanes of traffic, three lanes moving slow...”), lembro-me de me ter rido, encolhido os ombros e relaxado... Conduzir no Texas tem destas coisas, 4 faixas de auto-estrada, e os gajos todos a andarem à mesma velocidade, se queres ultrapassar, azar! É mesmo assim, não vale a pena perder a paciência... Também me lembro de ter feito contas à gasolina (era suposto entregar o carro com o depósito vazio) e de ter stressado os últimos 10 quilómetros convencido que não ia chegar ao aeroporto... Mas cheguei, entreguei o carro, e fiz o check in!

Só me faltou o rádio a tocar a música pimba (género “ai meu lindo agosto” e “vai com cuidado emigrante”) para me sentir o verdadeiro emigra a regressar a casa. Isso e a possibilidade de conduzir do Texas até Portugal, de preferência a 200 km/h num mercedes alugado e sem dormir!

O controle de segurança correu da forma patética do costume, com os mesmos gritos, creme, líquidos para aqui, sapatos para ali... cheiro a queijo dos pés do povo todo... Mas desta vez tive direito a brinde: o placard dos avisos dizia “The US State Department warns that the Port-au-Prince airport in Haiti does not comply with the minimum air safety requirements!” Lindo! Mais uma pérola… e eu que queria tanto ir passar férias ao Haiti... praias paradisíacas, galinhas decapitadas, voodoo, massacres... ainda pensei mudar de destino e optar por um natal tropical... Eu cada vez mais acho que há um gajo na segurança do aeroporto que se diverte todos os dias a inventar sítios “interessantes” para pôr nos avisos! Parece que não fui o único, já que um senhor inglês que estava atrás de mim soltou uma sonora gargalhada e começou a gozar com a mulher quando viu o cartaz... quem não achou muita piada foram os guardas do aeroporto! Azar, é o humor britânico, quem gosta, gosta; quem não gosta, gostasse!

Quanto à viagem em si: Mahjong, leitura, mahjong, Sudoku, leitura, mahjong, dormida, mahjong... e dois seres solitários (masculino e feminino), de proporções enormes (ele de altura, ela de largura), que se entreteram o caminho todo a falar dos medos de voar e a olhar para o maluco do lado que, no seu lugar à janela (como não podia deixar de ser), jogava mahjong e ria-se sozinho...

Tuesday, December 12, 2006

Mais aventuras no mundo da arte...



Aventuras no mundo da arte...

Como já certamente saberão, para passar o meu tempo aos fins de semana, tenho-me dedicado a várias actividades mais ou menos úteis, entre as quais, uma tentativa de fazer "arte" através de fotografia a preto e branco. Diga-se de passagem, que tenho uma ideia muito reduzida do que ando a fazer... têm sido, sobretudo, experiências. Deixo aqui alguns exemplares para a vossa crítica, sugestões, etc.






Friday, December 08, 2006

É NATALI!!!

Luzes e luzinhas... a cidade está cheia de luzes e luzinhas! Não fosse natal, “the season to be jolly, la, la, la, la, la...”

Como tudo neste cantinho do mundo, as coisas vão surgindo devagarinho... Os mais atentos vão detectando os primeiros sinais (no meu caso o enrolar de luzinhas pequeninas à volta das árvores no parque em frente à Câmara Municipal), depois, de um dia para o outro, ZÁS! Já está, a cidade parece uma árvore de natal!

Eu já tinha reparado nas tais luzinhas nas árvores, nos veados iluminados em frente ao prédio do escritório, nas árvores de natal gigantes e nas coroas, nas casas decoradas com mil e uma luzes nos jardins, a fazer lembrar as casas mais bimbas de Portugal (aliás, é ao contrário, são as casas bimbas de Portugal que imitam as casas bimbas americanas!), mas nada me podia preparar para o que encontrei esta noite quando saí do elevador do escritório... Mal se abriram as portas ouvi um som estridente de vozes alemãs a cantar aquelas músicas típicas dos alpes (“yodles”)! Como quando as coisas estão más, só podem piorar (lei de Murphy), deparei-me com um sem número de rapazes, raparigas e adultos, loiros, vestidos com calções, suspensórios, e outras roupas igualmente ridículas, a dançarem de forma a tocar com as mãos nos pés enquanto gritavam “ololé, ololé, ololé, iu...”

Por momentos tive a sensação que estávamos a ser invadidos pelos alemães que tinham vindo reclamar o Texas, depois de terem sido praticamente os responsáveis por terem roubado o território aos mexicanos (a lição de história completa fica para outra ocasião)! ACHTUNG DEUTSCHLAND! Até me atirei para o chão e pedi reforços ao exército! Depois lembrei-me de ter visto qualquer coisa sobre a reconstituição de um natal alemão num cartaz qualquer. Também me lembrei de ter visto uns senhores de manhã e à hora do almoço a montar umas casinhas tipo “casinhas dos alpes”.

Lá no fundo, tive pena de estar com pressa e não ter tido tempo para investigar mais (poderia até ter ganho uma medalha do Congresso por serviços de contra-espionagem!). Fui a rir-me o caminho todo... Só os americanos para em meia dúzia de horas converterem o hall de entrada de um edifício em aldeia alemã...

O mais impressionante é que, no dia seguinte de manhã, quando ia investigar melhor, tinha tudo desaparecido! O edifício estava tal e qual tinha estado nos dias anteriores...

Terá sido um sonho? Terá sido uma tentativa de invasão falhada e abafada? Certamente é um caso para os X-FILES!!! Mulder...

Friday, December 01, 2006

Raios Partam o Canadá!
As TVs andavam a anunciar há algum tempo... mas eu nunca acreditei que pudesse ser assim... Até gozei com algumas pessoas com quem falei... Mas, afinal, era verdade! Fomos invadidos por algo vindo do Norte!
Podem estar a pensar que terão sido os Mounties (polícia montada do Canadá) que vieram reclamar o Texas novamente para a França (depois de ter abandonado a zona para os espanhóis em 1762)... ou talvez os alces que terão descido até ao Texas para libertar os armadilos (embora estes não sejam comidos desde a “grande depressão”) Não! Nada disso! Afinal fomos invadidos pelo pior que há no Canadá... o FRIO!
Bem que podiam ter sido os Mounties, ou os alces, ou ambos, sempre seria mais interessante e agradável!
Resumindo, acordei estavam 24º C, quando saí de casa estava a ficar frescote... ao meio dia estavam -1ºC... e ainda bem que ficou mais ou menos por aí! Sorte a minha que saí de casa preparado e, portanto, não congelei... muito...
Como estava frio, e tinha coisas a tratar em casa, decidi sair do escritório a horas de americano (talvez um pouco mais tarde): 17h30. Curiosamente, deparei-me com um engarrafamento de toupeiras! Mantendo-me fiel aos meus princípios e espírito europeus, fui para o frio acima do solo! Confesso que era a única pessoa a caminhar na rua (esqueci-me de referir que estavam mais ou menos 60 km/h de vento!). Quando cheguei ao elevador para o parque de estacionamento, não conseguia que nenhum parasse no andar onde estava. Porquê? Porque as toupeiras, como boas toupeiras que são, enfiaram-se todas debaixo da terra nos túneis, e entupiam os elevadores todos vindos de baixo! Os seres humanos corajosos que vinham pela superfície... AZAR!
Raios partam as toupeiras! E raios partam o Canadá... que a única coisa que envia para sul (ver lição de geografia do dia 22 de Outubro) é o frio! Tanta coisa interessante e evoluída que podiam ensinar a estes gajos, e só lhes ensinam como congelar!