Tuesday, November 14, 2006

Chegada a Bali

Depois de 1 dia e tal de viagem sem grandes acontecimentos, para além de ter dormido apenas cerca de 2 horas na primeira noite para ver se conseguia enganar o jetlag, cheguei a Bali, estância turística conhecida mundialmente, cidade vítima de um dos mais horríficos atentados terroristas dos últimos tempos, último ponto de paragem antes de chegar a Dili. Confesso que, com a minha capacidade para me abstrair das histerias colectivas, consegui aterrar, entrar na carrinha do transfer, e fazer o caminho para o hotel, sem sequer pensar na suposta “ameaça terrorista”. Confesso, também, que me apercebi que ainda não é tempo de brincar com a sorte quando, à entrada do complexo do hotel, dois seguranças armados passaram o carro e as minhas malas a pente fino com detectores de metais... Aqui descansa-se... do outro lado da cancela!
Pelo que deu para ver da viagem até ao hotel, a cidade é um pouco caótica (o que parece ser uma tradição asiática), cheia de lojinhas para os turistas, ambiente meio hippy (tipo o filme “The Beach”), turista pé-descalço e tal... o hotel não era mau, embora já tenha estado em melhores (também já estive em sítios piores, quem não se lembra do mítico “Archie’s House”... melhor espelunca de Veneza...).
Confesso, no entanto, que depois de tantas horas de viagem, irritou-me aquela voz aguda das Indonésias a dizerem com aquele sotaque pateta “Oh... youa new ‘ere! Come to Bali fest time, gooda biche, go wata, wanna buy tisherte…” Não há pachorra!!!
À noite, depois de ter estado a trabalhar com o cliente, fomos jantar a um restaurante em cima da praia, não sei bem onde (o meu sentido de orientação é, de facto, maravilhoso), onde optei por um peixe qualquer local grelhado... com arroz (originalidade asiática). Quando eu digo em cima da praia, quero dizer mesmo em cima da praia... tipo sentado numa mesa em cima da areia, a 2 metros da água, com uns tipos meio hippies a tocar guitarra na praia do lado e tal! Ambiente porreiro! Quanto ao preço: 223.000 rupias... “Ó moço, traduz lá esta porra para dólares que: 1) a malta não tem rupias, 2) a malta nem sequer sabe o que é uma rupia... desta vez a minha conhecida logística falhou, nem investiguei os câmbios... Regressado o empregado com a conta “traduzida”, deparei-me com a quantia exorbitante de $27, para 2,8 Kg de peixe fresco, mais bebidas!
Bali surpreendeu-me! O sítio é um local turístico concorridíssimo há décadas, mas os gajos não só não têm preços em dólares, como continuam a praticar preços ridículos (sim, porque uma noite num hotel bom custa... 50 dólares)... não existe!

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