Historic Downtown
Os últimos fins de semana têm funcionado numa lógica de “vai onde o vento te levar...”, ou seja, a resposta à pergunta “o que vais fazer este fim de semana?” é simples: “não sei!” As únicas certezas são que levanto-me quando acordar, e que o pequeno almoço é no sítio do costume. O resto, logo se vê.
Hoje o guião foi basicamente o mesmo, com uma ligeira diferença: eu sabia que tinha de passar pela loja de fotografia para comprar material para revelar as minhas fotos em casa (decidi mesmo ser artista!). Despachadas as “compras” (que até demoraram um bom bocado devido à minha inexperiência) fui largar tudo a casa. Nessa altura fez-se luz sobre o que iria fazer! O meu corpo enviava
uma mensagem ao cérebro a dizer que queria caminhar, e o cérebro obedeceu. Peguei no magnífico “Moon Guide to Texas” que o meu mano me ofereceu, e descobri que ainda não tinha ido à parte histórica de Downtown.
Problema resolvido, decidi ir a pé de casa até à baixa, pelo parque. Assim, pelo menos, tinha algum contacto com a natureza (algo de que estava a precisar depois de uma semana de trabalho). A referida zona histórica é delimitada pelas ruas Congress, Preston, Milam e Travis, e corresponde ao núcleo principal das primeiras ruas e edifícios de Houston, construídos após a fundação da cidade em 1836.
Como podem ver pela fotos, a maioria dos edifícios
desta zona encontram-se bem conservados, e foram construídos num estilo arquitectónico semelhante ao que se encontra em Inglaterra e noutros países de influência britânica. A grande diferença para o resto da cidade é a concentração de edifícios históricos, já que estes existem salpicados pela baixa inteira, sendo um testemunho à capacidade das cidades americanas evoluírem e reinventarem-se.
De facto, é impressionante. Quando um edifício está decrépito, já não serve para o que se pretende, ou pode ser substituído por algo mais útil, simplesmente deita-se abaixo... Isto leva a que o histórico coexista lado a lado com o moderno, numa mistura que, apesar de tudo, consegue ser harmoniosa... ainda por cima sem planos de ordenamento... Dá que pensar como é que as cidades portuguesas com tantos planos são a confusão arquitectónica que são?
Esta tendência de demolir para construir de novo não é algo de moderno. Sempre existiu. O que leva a que, mesmo numa zona “histórica”, existam edifícios que, embora históricos, já não correspondem aos que inicialmente existiam naquela zona. No entanto, a cidade encontrou uma forma interessante e eficaz de perpetuar a memória. Em cada esquina existem placas a explicar a origem das ruas, as actividades que aí decorriam, os edifícios principais, e fotografias da época e dos edifícios que entretanto foram demolidos.
Estas placas também se podem encontrar ao longo das ruas, em frente aos edifícios mais importantes, ou a assinalar o local onde existiam edifícios importantes que entretanto foram demolidos ou destruídos.
Eu já tinha encontrado esta forma de “museu ao ar livre” na rua do comércio de Galveston – “The Strand”. É uma forma barata, eficaz, interessante e fácil de manter, de perpetuar a memória colectiva das cidades. Seria certamente uma boa solução para a baixa de Lisboa.
Terminada a visita histórica, decidi ir ao cinema (algo que também não pode faltar nos meus fins de semana). O único problema é que, esta semana, não havia nada que me chamasse, verdadeiramente, a atenção! Os filmes interessantes que ainda não vi só estreiam para a semana que vem...
Assim, acabei por ver o “mais interessante” dos menos interessantes, um filme chamado “Babel”, com o Brad Pitt. O filme em si é um pouco esquizofrénico, e relata 4 histórias interligadas que decorrem simultaneamente em 4 partes do mundo (US, México, Marrocos e Japão). Cada uma das histórias é igualmente trágica e triste (o que foi óptimo para o
meu estado de espírito). O filme demonstra bem o egoísmo da natureza humana, a irracionalidade das políticas de emigração americanas e da histeria anti-terrorista, entre outros temas. No entanto, falta-lhe algo... não sei bem o quê, mas não chega a fazer o tão desejado “clique”. Apesar de tudo, foi a primeira vez que vi uma sala de cinema do Angelika Theater a abarrotar!
Depois do cinema, ainda fui fazer uma noitada para casa a revelar fotos. Não resisti! O meu mano já me tinha falado da “magia” de ver as imagens a aparecerem lentamente no papel, mas nunca imaginei que fosse uma experiência assim tão... mágica! De facto é maravilhoso e dá para imaginar o espanto das pessoas no Século XIX ao verem as primeiras fotos. Embora as coisas nessa altura fossem bem mais interessantes, com os inúmeros laboratórios que explodiam em pleno acto de revelação!
Quanto à minha experiência, fiquei satisfeito com as duas
fotos que revelei, podem ser aperfeiçoadas... tenho de estudas mais um bocado. Para o próximo fim de semana há mais!

Os últimos fins de semana têm funcionado numa lógica de “vai onde o vento te levar...”, ou seja, a resposta à pergunta “o que vais fazer este fim de semana?” é simples: “não sei!” As únicas certezas são que levanto-me quando acordar, e que o pequeno almoço é no sítio do costume. O resto, logo se vê.
Hoje o guião foi basicamente o mesmo, com uma ligeira diferença: eu sabia que tinha de passar pela loja de fotografia para comprar material para revelar as minhas fotos em casa (decidi mesmo ser artista!). Despachadas as “compras” (que até demoraram um bom bocado devido à minha inexperiência) fui largar tudo a casa. Nessa altura fez-se luz sobre o que iria fazer! O meu corpo enviava

Problema resolvido, decidi ir a pé de casa até à baixa, pelo parque. Assim, pelo menos, tinha algum contacto com a natureza (algo de que estava a precisar depois de uma semana de trabalho). A referida zona histórica é delimitada pelas ruas Congress, Preston, Milam e Travis, e corresponde ao núcleo principal das primeiras ruas e edifícios de Houston, construídos após a fundação da cidade em 1836.
Como podem ver pela fotos, a maioria dos edifícios

De facto, é impressionante. Quando um edifício está decrépito, já não serve para o que se pretende, ou pode ser substituído por algo mais útil, simplesmente deita-se abaixo... Isto leva a que o histórico coexista lado a lado com o moderno, numa mistura que, apesar de tudo, consegue ser harmoniosa... ainda por cima sem planos de ordenamento... Dá que pensar como é que as cidades portuguesas com tantos planos são a confusão arquitectónica que são?

Esta tendência de demolir para construir de novo não é algo de moderno. Sempre existiu. O que leva a que, mesmo numa zona “histórica”, existam edifícios que, embora históricos, já não correspondem aos que inicialmente existiam naquela zona. No entanto, a cidade encontrou uma forma interessante e eficaz de perpetuar a memória. Em cada esquina existem placas a explicar a origem das ruas, as actividades que aí decorriam, os edifícios principais, e fotografias da época e dos edifícios que entretanto foram demolidos.
Estas placas também se podem encontrar ao longo das ruas, em frente aos edifícios mais importantes, ou a assinalar o local onde existiam edifícios importantes que entretanto foram demolidos ou destruídos.

Eu já tinha encontrado esta forma de “museu ao ar livre” na rua do comércio de Galveston – “The Strand”. É uma forma barata, eficaz, interessante e fácil de manter, de perpetuar a memória colectiva das cidades. Seria certamente uma boa solução para a baixa de Lisboa.
Terminada a visita histórica, decidi ir ao cinema (algo que também não pode faltar nos meus fins de semana). O único problema é que, esta semana, não havia nada que me chamasse, verdadeiramente, a atenção! Os filmes interessantes que ainda não vi só estreiam para a semana que vem...
Assim, acabei por ver o “mais interessante” dos menos interessantes, um filme chamado “Babel”, com o Brad Pitt. O filme em si é um pouco esquizofrénico, e relata 4 histórias interligadas que decorrem simultaneamente em 4 partes do mundo (US, México, Marrocos e Japão). Cada uma das histórias é igualmente trágica e triste (o que foi óptimo para o

Depois do cinema, ainda fui fazer uma noitada para casa a revelar fotos. Não resisti! O meu mano já me tinha falado da “magia” de ver as imagens a aparecerem lentamente no papel, mas nunca imaginei que fosse uma experiência assim tão... mágica! De facto é maravilhoso e dá para imaginar o espanto das pessoas no Século XIX ao verem as primeiras fotos. Embora as coisas nessa altura fossem bem mais interessantes, com os inúmeros laboratórios que explodiam em pleno acto de revelação!
Quanto à minha experiência, fiquei satisfeito com as duas

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