Battleship Texas e “Perfume – história de um...”

A seguir ao San Jacinto Monument, atravessei a rua para ir visitar a outra atracção do parque: a “Battleship Texas”. Quando foi lançada à agua, a “Texas” era a maior máquina de guerra do mundo, tendo sido, também, a última das grandes “battleships” a prestar serviço em cenário de guerra, tendo estado presente nas duas Guerras Mundiais.
Hoje em dia, este impressionante navio de guerra está ancorado em Houston como museu flutuante, destinado a explicar como era a vida a bordo de um destes
“monstros do mar”. O conceito do museu em si é muito básico, mas extremamente eficaz: as pessoas são livres de passear pelo navio quase todo, estando a maior parte dos compartimentos restaurados e decorados como estariam na altura em que era um navio de guerra, e com manequins que demonstram como era o dia a dia no navio. Escusado será dizer que, não só em cada compartimento existem placas a explicar as actividades que lá decorriam, como também os funcionários do navio têm um conhecimento aprofundado da matéria e não têm problemas em ficarem à conversa connosco o tempo que for necessário para esclarecer dúvidas (como aconteceu comigo).
O navio está, de facto, em excelente condição (como podem ver pelas fotos). O mais impressionante é que a recuperação é feita, em parte, pelos funcionários, mas em grande parte também por voluntários que, em determinados fins de semana, vão ao navio ajudar na restauração. O museu, em si, pertence ao “povo do Texas” (que o comprou à marinha quando esta tencionava abater o navio para sucata), e sobrevive essencialmente de doações, do voluntariado, e das receitas de bilheteira. Curiosamente, este é um modelo que se repete em inúmeros museus por aqui, e não se ouve ninguém a queixar-se da falta de financiamento do Estado...
Regressando ao navio em si, confesso que o que mais me impressionou foi o espaço reduzido em que aquela malta vivia e trabalhava. Basta dizer que, em certas zonas, dormiam 50-60 pessoas num espaço de 4m x 5m, em beliches pendurados no tecto, com 4 camas
por beliche! Cada desgraçado tinha cerca de 30 cm entre o seu nariz e o beliche de cima! Isto deveu-se, em parte, ao facto do navio ter sofrido grandes modernizações após a 1ª Grande Guerra, que levaram a que a tripulação aumentasse em cerca de 2000 pessoas! Interessante é também o facto de, já naquela altura, os navios serem autenticas cidades, com padaria, lavandaria, alfaiates, lojas de doces e tabaco, bares que vendiam coca-cola e gelados, estação de correios, etc.
Embora os oficiais vivessem em melhores condições, mesmo assim eu não gostaria de ser oficial... diga-se que a única pessoa que vivia em condições minimamente aceitáveis era o Comandante. É assim mesmo! Comandante, é Comandante! Para terem uma ideia do que é “espaço reduzido”, a Cat Balou, ao lado de alguns daqueles compartimentos, parece um palácio!!!
Se quiserem ver mais informações (e fotos bem giras) da Texas, visitem: http://www.ctomscott.com/Introduction.htm, ou www.tpwd.state.tx.us/park/battlesh/battlesh.htm, ou http://www.usstexasbb35.com/. Garanto-vos que vale a pena!
À noite, decidi ir ao cinema ver o “Perfume”, ou seja, a história de um perfumista que se tornou no organizador da maior orgia do Século XVIII, e acabou comido (literalmente)! He, he... não deixa de ser curioso como um mesmo filme pode ser resumido de formas tão diferentes, e mesmo assim não se estar a mentir ou deturpar a história! O que é preciso é imaginação e... olhar analítico!

A seguir ao San Jacinto Monument, atravessei a rua para ir visitar a outra atracção do parque: a “Battleship Texas”. Quando foi lançada à agua, a “Texas” era a maior máquina de guerra do mundo, tendo sido, também, a última das grandes “battleships” a prestar serviço em cenário de guerra, tendo estado presente nas duas Guerras Mundiais.
Hoje em dia, este impressionante navio de guerra está ancorado em Houston como museu flutuante, destinado a explicar como era a vida a bordo de um destes

O navio está, de facto, em excelente condição (como podem ver pelas fotos). O mais impressionante é que a recuperação é feita, em parte, pelos funcionários, mas em grande parte também por voluntários que, em determinados fins de semana, vão ao navio ajudar na restauração. O museu, em si, pertence ao “povo do Texas” (que o comprou à marinha quando esta tencionava abater o navio para sucata), e sobrevive essencialmente de doações, do voluntariado, e das receitas de bilheteira. Curiosamente, este é um modelo que se repete em inúmeros museus por aqui, e não se ouve ninguém a queixar-se da falta de financiamento do Estado...
Regressando ao navio em si, confesso que o que mais me impressionou foi o espaço reduzido em que aquela malta vivia e trabalhava. Basta dizer que, em certas zonas, dormiam 50-60 pessoas num espaço de 4m x 5m, em beliches pendurados no tecto, com 4 camas

Embora os oficiais vivessem em melhores condições, mesmo assim eu não gostaria de ser oficial... diga-se que a única pessoa que vivia em condições minimamente aceitáveis era o Comandante. É assim mesmo! Comandante, é Comandante! Para terem uma ideia do que é “espaço reduzido”, a Cat Balou, ao lado de alguns daqueles compartimentos, parece um palácio!!!
Se quiserem ver mais informações (e fotos bem giras) da Texas, visitem: http://www.ctomscott.com/Introduction.htm, ou www.tpwd.state.tx.us/park/battlesh/battlesh.htm, ou http://www.usstexasbb35.com/. Garanto-vos que vale a pena!
À noite, decidi ir ao cinema ver o “Perfume”, ou seja, a história de um perfumista que se tornou no organizador da maior orgia do Século XVIII, e acabou comido (literalmente)! He, he... não deixa de ser curioso como um mesmo filme pode ser resumido de formas tão diferentes, e mesmo assim não se estar a mentir ou deturpar a história! O que é preciso é imaginação e... olhar analítico!
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