Acendam as luzes... tenho medo do escuro!
Quem é que não tem medo do escuro??? Sinceramente, deixem-se de tretas e de pensamentos esquematizados tipo “só as crianças é que têm medo do escuro... eu sou muito adulto para isso!” É verdade, o escuro é um dos primeiros medos que as crianças têm (Tanocas, corrige-me se estou errado), e os adultos passam tempos e tempos a tranquilizá-las, a espreitarem debaixo da cama com elas, dentro dos armários, para provar que não há lá nada. E depois... vencem-se os traumas e medos, ou esquecem-se apenas, para nos assaltarem mais tarde, quando menos esperamos? Eu falo por mim, quantas vezes não acordo sobressaltado a meio da noite, a dar pontapés no ar, porque sonhei que estava algo no escuro a olhar para mim... ou será que sonhei?
Esta reflexão não vem do nada. A verdade é que hoje, quando cheguei a casa, decidi que iria dar uma corrida, apesar de estar estoirado, dorido, com uma crise alérgica desgraçada, e estarem 6 graus na rua. Decidi, como tantas outras vezes ao longo da minha vida, que as dores e as alergias passariam se fosse suar! Então tomei a decisão, finalmente, de mudar de sítio de corrida, e ir para o parque que fica em frente à minha casa (Bayou Park). Sim, porque a ideia de ter de conduzir 10 minutos para ir correr para o Memorial Park não me estimulava muito hoje...
Dito e feito, atravessei a rua e comecei a correr. O Bayou Park é um parque delicioso para passear durante o dia, cheio de árvores e esculturas, que corre junto às margens do Buffalo Bayou (o tal rio que atravessa Houston) e que, durante o dia, está cheio de malta a correr a todas as horas (até ao meio dia ao dia de semana). Acontece que, à noite (e ao contrário do Memorial Park) está completamente deserto, e tem pouca luz... Ora, o bom do Ricardo, armado em campeão (muito adulto) fez-se ao parque e foi correr, junto à estrada, verdade seja dita, porque tinha mais iluminação, mas aventurou-se para o parque, ainda por cima a ouvir música no MP3.
A certa altura dei comigo a pensar “o que é que estás a fazer ó seu idiota???” A correr num sítio destes, deserto, escuro, à noite... e se te acontece alguma coisa? E se salta algum maluco das árvores e dá-te um ripada? E se tens um ataque de asma e cais para o lado? Ao menos no Memorial Park há luz, e sempre mais umas centenas de pessoas a correrem ao mesmo tempo que tu. Daí a começar a ficar paranóico foi uma questão de segundos! De facto, o medo irracional do desconhecido é uma coisa maravilhosa! O parque estava completamente deserto, e eu a imaginar que poderia estar algum maluco à minha espera para me fazer mal (filmes a mais...). A verdade é que acelerei o passo (e o ritmo cardíaco) e consegui fazer 35 minutos ida e volta até downtown (o que a caminhar demoraria mais do que uma hora!). Também é verdade que não era essa a intenção, mas sim correr devagar para queimar gordura, mas que se lixe!
Para tornar as coisas piores, tive de passar por baixo de não sei quantos viadutos sem luz, correr em parte da via rápida porque fiquei sem passeio, encher-me de lama porque para correr mais perto da estrada tive de sair do caminho, enfim, uma aventura. No meio disto tudo, fiz um registo mental: “pensa melhor antes de escolheres o sítio para onde vais correr e, acima de tudo, estudo o percurso primeiro seu idiota!” Para a próxima vou para o Memorial Park...
Tudo isto levou-me a pensar no medo do escuro e, durante quase toda a corrida, a remoer na cabeça uma velhinha música dos Iron Maiden... vejam lá se se lembram, se gostam, ou se se identificam com ela... eu sei que sim! Não deixa de ser curioso que partilhamos os mesmos medos dos homens das cavernas...
Fear of the Dark
Iron Maiden
I am a man who walks alone
Quem é que não tem medo do escuro??? Sinceramente, deixem-se de tretas e de pensamentos esquematizados tipo “só as crianças é que têm medo do escuro... eu sou muito adulto para isso!” É verdade, o escuro é um dos primeiros medos que as crianças têm (Tanocas, corrige-me se estou errado), e os adultos passam tempos e tempos a tranquilizá-las, a espreitarem debaixo da cama com elas, dentro dos armários, para provar que não há lá nada. E depois... vencem-se os traumas e medos, ou esquecem-se apenas, para nos assaltarem mais tarde, quando menos esperamos? Eu falo por mim, quantas vezes não acordo sobressaltado a meio da noite, a dar pontapés no ar, porque sonhei que estava algo no escuro a olhar para mim... ou será que sonhei?
Esta reflexão não vem do nada. A verdade é que hoje, quando cheguei a casa, decidi que iria dar uma corrida, apesar de estar estoirado, dorido, com uma crise alérgica desgraçada, e estarem 6 graus na rua. Decidi, como tantas outras vezes ao longo da minha vida, que as dores e as alergias passariam se fosse suar! Então tomei a decisão, finalmente, de mudar de sítio de corrida, e ir para o parque que fica em frente à minha casa (Bayou Park). Sim, porque a ideia de ter de conduzir 10 minutos para ir correr para o Memorial Park não me estimulava muito hoje...
Dito e feito, atravessei a rua e comecei a correr. O Bayou Park é um parque delicioso para passear durante o dia, cheio de árvores e esculturas, que corre junto às margens do Buffalo Bayou (o tal rio que atravessa Houston) e que, durante o dia, está cheio de malta a correr a todas as horas (até ao meio dia ao dia de semana). Acontece que, à noite (e ao contrário do Memorial Park) está completamente deserto, e tem pouca luz... Ora, o bom do Ricardo, armado em campeão (muito adulto) fez-se ao parque e foi correr, junto à estrada, verdade seja dita, porque tinha mais iluminação, mas aventurou-se para o parque, ainda por cima a ouvir música no MP3.
A certa altura dei comigo a pensar “o que é que estás a fazer ó seu idiota???” A correr num sítio destes, deserto, escuro, à noite... e se te acontece alguma coisa? E se salta algum maluco das árvores e dá-te um ripada? E se tens um ataque de asma e cais para o lado? Ao menos no Memorial Park há luz, e sempre mais umas centenas de pessoas a correrem ao mesmo tempo que tu. Daí a começar a ficar paranóico foi uma questão de segundos! De facto, o medo irracional do desconhecido é uma coisa maravilhosa! O parque estava completamente deserto, e eu a imaginar que poderia estar algum maluco à minha espera para me fazer mal (filmes a mais...). A verdade é que acelerei o passo (e o ritmo cardíaco) e consegui fazer 35 minutos ida e volta até downtown (o que a caminhar demoraria mais do que uma hora!). Também é verdade que não era essa a intenção, mas sim correr devagar para queimar gordura, mas que se lixe!
Para tornar as coisas piores, tive de passar por baixo de não sei quantos viadutos sem luz, correr em parte da via rápida porque fiquei sem passeio, encher-me de lama porque para correr mais perto da estrada tive de sair do caminho, enfim, uma aventura. No meio disto tudo, fiz um registo mental: “pensa melhor antes de escolheres o sítio para onde vais correr e, acima de tudo, estudo o percurso primeiro seu idiota!” Para a próxima vou para o Memorial Park...
Tudo isto levou-me a pensar no medo do escuro e, durante quase toda a corrida, a remoer na cabeça uma velhinha música dos Iron Maiden... vejam lá se se lembram, se gostam, ou se se identificam com ela... eu sei que sim! Não deixa de ser curioso que partilhamos os mesmos medos dos homens das cavernas...
Fear of the Dark
Iron Maiden
I am a man who walks alone
And when I’m walking a dark road
At night or strolling through the park
When the light begins to change
I sometimes feel a little strange
A little anxious when its dark
Fear of the dark, fear of the dark
I have a constant fear that someone’s always near
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone’s always there
Have you run your fingers down the wall
And have you felt your neck skin crawl
When you’re searching for the light?
Sometimes when you’re scared to take a look
At the corner of the room
You’ve sensed that something’s watching you
Have you ever been alone at night
Thought you heard footsteps behind
And turned around and no ones there?
And as you quicken up your pace
You find it hard to look again
Because you’re sure there’s someone there
Watching horror films the night before
Debating witches and folklore
The unknown troubles on your mind
Maybe your mind is playing tricks
You sense and suddenly eyes fix
On dancing shadows from behind
Fear of the dark, fear of the dark
I have a constant fear that someone’s always near
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone’s always there
When I’m walking a dark road
I am a man who walks alone

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